11
Jun07
Privacidade
tsetse
Ultimamente, tenho ouvido várias histórias que começam por:
- "depois de ela ver os registos telefónicos dele, percebeu que",
- "enquanto ele lia os sms da mulher, viu que",
- "ela viu na caixa de e-mails da outra que" ou
- "ela leu o histórico do mensageiro do noivo e descobriu que",
acompanhadas de continuações muito inflamadas sobre a pouca vergonha dos terceiros.
Há, no entanto, nestas histórias duas questões que me incomodam:
1. Ninguém questiona a forma como esta informação é obtida?
Se, há alguns anos atrás, ouvíssemos uma história sobre alguém que leu a correspondência de outra, o juízo de valores não iria para o conteúdo da mesma, mas para o absurdo da situação. A verdade é que havia uma noção muito mais rígida sobre privacidade e indignação pela quebra da mesma.
2. Ninguém se interroga sobre o contexto?
Na actualidade, é usual encontrar pessoas que criam personagens online, que escrevem coisas como quem escreve um romance. A maior parte das vezes são coisas inofensivas.
Além disso, qualquer brincadeira mais tonta pode parecer grave quando lida mais tarde, fora do contexto. Antigamente, se não houvessem escutas (e raramente haviam), essas palermices ficavam enterradas. Hoje, podem ficar guardadas em qualquer histórico.
Por estas e por outras, aqui ficam alguns conselhos:
1. Nunca guardem as vossas passwords no browser de outra pessoa. É muito fácil consultar a mesma.
2. Nunca emprestem (nem entreguem para manutenção) o vosso computador com as passwords guardadas. Abram o browser e o mensageiro e apaguem todas as passwords que tenham gravado até aí.
3. Nunca deixem alguém em quem não confiam ficar um minuto a usar o vosso computador sem vocês ao lado. Um minuto é quanto basta para ela ver a vossa password.
4. Não guardem históricos das vossas conversas por mensageiros (Gmail incluído). Temos tendência a dizer mais disparates quando falamos em tempo real, do que quando escrevemos uma carta.
5. Não deixem o vosso telemóvel com outras pessoas, se este não estiver protegido por um código.
6. Nunca partam do princípio que os outros têm o mesmo respeito que vocês têm pela privacidade alheia. A honra está fora de moda.
- "depois de ela ver os registos telefónicos dele, percebeu que",
- "enquanto ele lia os sms da mulher, viu que",
- "ela viu na caixa de e-mails da outra que" ou
- "ela leu o histórico do mensageiro do noivo e descobriu que",
acompanhadas de continuações muito inflamadas sobre a pouca vergonha dos terceiros.
Há, no entanto, nestas histórias duas questões que me incomodam:
1. Ninguém questiona a forma como esta informação é obtida?
Se, há alguns anos atrás, ouvíssemos uma história sobre alguém que leu a correspondência de outra, o juízo de valores não iria para o conteúdo da mesma, mas para o absurdo da situação. A verdade é que havia uma noção muito mais rígida sobre privacidade e indignação pela quebra da mesma.
2. Ninguém se interroga sobre o contexto?
Na actualidade, é usual encontrar pessoas que criam personagens online, que escrevem coisas como quem escreve um romance. A maior parte das vezes são coisas inofensivas.
Além disso, qualquer brincadeira mais tonta pode parecer grave quando lida mais tarde, fora do contexto. Antigamente, se não houvessem escutas (e raramente haviam), essas palermices ficavam enterradas. Hoje, podem ficar guardadas em qualquer histórico.
Por estas e por outras, aqui ficam alguns conselhos:
1. Nunca guardem as vossas passwords no browser de outra pessoa. É muito fácil consultar a mesma.
2. Nunca emprestem (nem entreguem para manutenção) o vosso computador com as passwords guardadas. Abram o browser e o mensageiro e apaguem todas as passwords que tenham gravado até aí.
3. Nunca deixem alguém em quem não confiam ficar um minuto a usar o vosso computador sem vocês ao lado. Um minuto é quanto basta para ela ver a vossa password.
4. Não guardem históricos das vossas conversas por mensageiros (Gmail incluído). Temos tendência a dizer mais disparates quando falamos em tempo real, do que quando escrevemos uma carta.
5. Não deixem o vosso telemóvel com outras pessoas, se este não estiver protegido por um código.
6. Nunca partam do princípio que os outros têm o mesmo respeito que vocês têm pela privacidade alheia. A honra está fora de moda.